1637 - 1680
Microscopista e naturalista holandês nascido em Amsterdã, pioneiro na observação e em estudos microscópicos de plantas e animais, observou pela primeira vez as células do embrião, os glóbulos vermelhos do sangue (1658) e descobriu os vasos linfáticos. Filho de um farmacêutico, concluiu medicina na Universidade de Leiden (1667), embora não a tenha exercido profissionalmente, dedicando-se sempre às pesquisas microscópicas, sob cobertura financeira da própria família. Notabilizou-se na dissecação microscópica de insetos, fazendo publicações comparativas, descrevendo-os com minúcias e ilustrando a anatomia e o comportamento de numerosas espécies deles.
Suas observações o levaram à catalogação desses insetos em quatro grandes divisões segundo o grau e o tipo de suas metamorfoses, inclusive três dessas divisões ainda são mantidas na classificação atual. Nesses trabalhos corrigiu as concepções do fisiologista italiano Marcello Malpighi sobre o sistema nervoso e cerebral dos insetos e repudiou a teoria de William Harvey sobre a metamorfose dos mesmos. Obteve ainda resultados notáveis em estudos da anatomia do corpo humano e descobriu as válvulas que hoje levam seu nome no sistema linfático dos batráquios. Por falta de recursos financeiros não pode continuar suas pesquisas e, depois de profundas crises existenciais, debilitado da saúde e, sob a influência de uma mística religiosa, aderiu nos últimos anos de vida à corrente religiosa de Antoinette Bourignon, abandonando suas atividades científicas (1673) e morreu em sua cidade natal. Seu principal livro foi História geral dos insetos (1669), onde tratava sobre a morfologia e suas metamorfoses. Meio século após sua morte (1737-1738), o médico holandês Hermann Boerhaave publicou a maior parte da sua obra com o título Bíblia da natureza.
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